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Grupos de Trabalho

Os Grupos de Trabalho procuram, de um lado, identificar pesquisas realizadas e em andamento e aumentar a interlocução acadêmica entre jovens pesquisadores da área. De outro, buscam aprofundar o debate acadêmico sobre financeirização, produção imobiliária e infraestrutura urbana em dois eixos principais:

EIXO 1: Circuitos de capital, atores e conflitos na reconfiguração das cidades

Este eixo procura contribuir para a discussão sobre a financeirização como novo regime de acumulação de capital, elencando como questões principais: Quem são os novos atores (financeiros e não-financeiros) que produzem as cidades? Como se constroem as narrativas e convenções que justificam suas intervenções urbanas e embasam políticas públicas? Quais são os fluxos de capital e tipos de ganhos? Quais são as relações que se estabelecem nessa nova economia política urbana? Quais são as consequências socioespaciais nas cidades? Quais são as contradições e os conflitos urbanos advindos da produção imobiliária e de infraestrutura? Qual é a diferença entre habitação e outros setores do mercado imobiliário como, por exemplo, comerciais e de serviços?

EIXO 2: Estado, promoção imobiliária e valorização financeira

Este eixo procura aprofundar a discussão sobre a financeirização das corporações e a hipótese da colonização da avaliação financeira (Chiapello, 2015) e de práticas financeirizadas em atores não-financeiros, tendo as seguintes questões balizadoras: Quais são e como se estabelecem as estratégias e práticas de atores históricos (proprietários, incorporadores, construtoras, Estado) na produção imobiliária e de infraestrutura? Quais são e como são elaborados os números e indicadores que medem a valorização financeira? Quais são as formações e experiências profissionais requisitadas na produção financeirizada? Quem concebe os grandes projetos urbanos e os empreendimentos imobiliários? Como ocorre a construção de edificações e de infraestrutura e quais são as estratégias de gestão da produção das empresas?

A sociedade urbana já adentra-se no século XXI e é preciso estabelecer com maior clareza quais são os caminhos para conhecer de modo aprofundado as estratégias de produção imobiliária e das infraestruturas no contexto da  financeirização. Desse modo, a relevância tecnológica do evento reside no campo das políticas públicas, na medida em que esse conhecimento gerado pode subsidiar políticas de financiamento que promovam cidades mais democráticas, justas e também menos pobres e controversas quanto à (des)igualdade, numa perspectiva contrahegemônica.

DIA 15

14h00 - 16h00
Grupo de Trabalho 1
Lógicas de precificação e disputas pelo espaço
Local: Anfiteatro Luiz Gastão de Castro Lima
Debatedor: Marcos Barcellos
14h00-16h00
Grupo de Trabalho 2
Reprodução social e conflitos
Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP)
Debatedor: José Eduardo Baravelli
Da terra rural à terra urbana: trajetória e características da história recente da produção urbana em Ribeirão Preto/SP
Débora Prado Zamboni
Níveis e dimensões da alienação da moradia: endividamento imobiliário e contextos de expulsão
Flávia Elaine da Silva Martins
Acaparamientos de suelo en Santiago de Chile, 2010-2015. Cómo Bancos y compañías de seguros adquieren suelo para el futuro desarrollo inmobiliario capitalista.
Ivo R. Gasic Klett
O PMCMV-Entidades e o amoldamento dos movimentos populares à forma de produção financeirizada do urbano
Isadora de Andrade Guerreiro
‘Destravar’ terra pública no processo de financeirização: o caso de São Paulo
Paula Freire Santoro, Débora Ungaretti, Pedro Henrique Rezende Mendonça 
Há terra para financiar nesse verão: a reposição da expropriação e da violência nos grandes projetos de desenvolvimento econômico no Brasil e uma crítica ao debate sobre a financeirização
Gustavo Prieto e Joana Barros
 Valoração imobiliária e a sua influência nos espaços: Alemanha, Espanha e México num debate sobre técnicas contábeis
Eugenia Winter
A produção neoliberal do espaço discutida a partir dos conflitos pela permanência no urbano: uma analise baseada em documentos dos casos das ocupações Pinheirinho e Vila Soma
André Dal’Bó da Costa
16h15-18h15
Grupo de Trabalho 3
Padrão de financiamento e fundos públicos
Local: Anfiteatro Luiz Gastão de Castro Lima
Debatedor: Marcos Barcellos
16h15-18h15
Grupo de Trabalho 4
Espaço e reconfiguração urbana
Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP)
Debatedor: Everaldo Melazzo
Dívida, território e a nova forma de financiamento do desenvolvimento urbano por meio do mercado financeiro: O caso da PBH Ativos S/A em Belo Horizonte, Brasil.
Thiago Canettieri
Estratégias de produção e valorização imobiliária e a reconfiguração socioespacial intraurbana em cidades médias do Norte do Rio Grande do Sul
Juçara Spinelli e Rafael Kalinoski
Atuação dos fundos de pensão na financeirização da infraestrutura urbana da cidade do Rio de Janeiro
Eduardo Lopes Pederneira
Os novos vetores da financeirização do setor imobiliários a partir dos ativos securitizados.
Marlon Altavini de Abreu
Padrão de Financiamento das Empresas do Setor de Edificação (2010/2017)
Carlos Alberto Penha Filho
Dinâmicas recentes da provisão habitacional de mercado na Região Metropolitana de São Paulo na continuidade da Crise Financeira Global
Beatriz Tamaso Mioto, Carolina M. Pozzi de Castro, Letícia Moreira Sígolo
O FGTS em disputa: Pressões sobre o uso de fundos públicos em um contexto de crise institucional
Adauto Lucio Cardoso, Alexandre Yassu, Alice Pina, Luciana Alencar Ximenes, Samuel Thomas Jaenisch
Vacância imobiliária como base para rentabilidade do São Paulo real state financial complex
Isabel Martin Pereira, Pedro Henrique Rezende Mendonça, Paula Freire Santoro, Raquel Rolnik

DIA 16

14h00 - 16h00
Grupo de Trabalho 5
Instrumentos de intervenção urbana
Local: Anfiteatro Luiz Gastão de Castro Lima
Debatedor: Everaldo Melazzo
14h00-16h00
Grupo de Trabalho 6
Agentes e produção da habitação
Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP)
Debatedor: José Eduardo Baravelli
A metodologia de análise relacional aplicada aos Grandes Projetos Urbanos do vetor norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte e seus resultados
Denise Morado Nascimento, Daniel Medeiros de Freitas, Thais Mariano Nassif Salomão
O valor do dinheiro no tempo: uma avaliação de empreendimentos MCMV – Faixa 1
Gabriela Darini Guaritá
A financeirização do solo criado? Uma reflexão sobre as "adaptações" das operações urbanas consorciadas
Nílcio Regueira Dias
Produção imobiliária da Cidade Salvador: condições, agentes, processos e nexos para a compreensão de transformações atuais da sociedade urbana
Glória Cecília dos Santos Figueiredo, João Pedro Noronha Ritter, Ana Clara Reis, Samir Santos da Conceição
Operações Urbanas Consorciadas com Cepac: financeirização urbana
sem investidores financeiros?
Laisa Stroher
O Programa Minha Casa, Minha Vida na região metropolitana de Natal/RN: o papel dos agentes produtores do espaço urbano e metropolitano.
Glenda Dantas Ferreira
Projetos de Intervenção Urbana como dispositivo de concessão da produção do espaço em São Paulo
Carolina Heldt D’Almeida
Consultorias e gerenciadoras: da política urbana local aos circuitos globais de financeirização
Magaly Marques Pulhez
Controle de risco: do Arco Tietê aos Projetos de Intervenção Urbana
Fernanda Pinheiro da Silva
Crise econômica e o setor imobiliário no Brasil: um olhar a partir da dinâmica das maiores empresas de capital aberto (Cyrela, PDG, Gafisa e MRV).
Beatriz Tamaso Mioto e Carlos Alberto Penha Filho