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Concurso-Arquitetura-3

“Concurso Arquitetura” premia dois alunos do IAU

Concurso-Arquitetura-3

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2017, o número de pessoas deslocadas por guerras, violência e perseguições bateu um novo recorde pelo quinto ano seguido: 68,5 milhões*.

Ciente dessa triste realidade, o portal Concurso Arquitetura escolheu como tema de seu concurso de 2018 “Habitação temporária para refugiados”, sendo que a solução apresentada deveria proporcionar “requisitos mínimos a uma vida digna e responder às necessidades mais imediatas dos habitantes”.

Os alunos do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), Paul Newman dos Santos e Renan Leite Antiqueira, aceitaram o desafio, e o resultado foi melhor do que o esperado: entre cerca de 500 inscritos no concurso, Paul conquistou a 4ª colocação, enquanto o projeto de Renan ficou classificado entre os 20 melhores.

Os projetos

Renan optou por um projeto de uma habitação transicional. “Esse tipo de habitação faz a transição das pessoas que estão chegando em um país novo, em uma situação difícil e precária, então a habitação não poderia ser tão efêmera. Elas precisam de tempo para se estabelecer em um local”, explica o aluno.

Com isso em mente, ele construiu um módulo pop out, módulo estrutural pré-fabricado que se dobra conformando arcos de círculos com três unidades habitacionais cada um, com cerca de 25m², e capacidade para abrigar de quatro a cinco pessoas.

A estrutura básica do módulo é steel frame, mas o revestimento pode ser de qualquer tipo de material, o que abre a possibilidade para utilização daquilo que tiver em maior abundância no local onde o refugiado irá se instalar. “É um processo construtivo muito rápido, que não necessita de mão-de-obra especializada”, explica Renan. “Utilizei telha translúcida, para que a habitação tivesse iluminação e aquecimento naturais, e fiz janelas basculantes, para que houvesse ventilação cruzada”, elucida.

O módulo projetado por Renan também considerou a acessibilidade. Além disso, o projeto permite que as habitações também tenham outras funções, podendo ser utilizadas como restaurantes, hospitais etc.

Paul escolheu madeira e taipa (bambu e terra) como matérias-primas para construção de sua habitação, “O júri do concurso disse que o que chamou a atenção em meu projeto foi a utilização desses materiais para gerar plasticidade e funcionalidades não convencionais”, diz Paul. “Escolhi esses materiais, pois eu queria que fosse uma construção mais coletiva, que as pessoas pudessem montar de maneira colaborativa. É mais fácil aprender a mexer com terra e madeira, pois o manuseio desses materiais não exige um acompanhamento técnico tão rigoroso, facilitando o trabalho”.

Para acessar a imagem dos projetos em alta resolução:

– Clique aqui para acessar o projeto de Paul

– Clique aqui para acessar o projeto de Renan

*https://nacoesunidas.org/acnur-numero-de-pessoas-deslocadas-chega-a-685-milhoes-em-2017/